ícones de estilo e influenciadoressexta-feira, 16 de abril de 2021

História da moda: Salvatore Ferragamo

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Um dos principais nomes da moda italiana, Salvatore Ferragamo traçou uma história de sucesso que continua crescendo, mesmo mais de 50 anos após sua morte. A trajetória que começou com sua marca registrada, os sapatos Salvatore Ferragamo, hoje se desdobra em uma marca homônima que colocou a grife no topo do patamar da moda.


 
Nascido no vilarejo italiano de Bonito em 1898, o designer cresceu em ambiente rural, mas já aos nove anos demonstrava sua vocação. Foi depois de ver sua irmã chorando por não ter um sapato branco para a Primeira Comunhão que Ferragamo fez seu primeiro calçado e, aos 11 anos, se tornou aprendiz de sapateiro.


 
Olhar ambicioso


 
De uma pequena loja aberta em frente à igreja local para o mundo, Ferragamo desde muito cedo provou sua perspicácia não só para a criação, como também para o empreendedorismo. Ao se mudar para os Estados Unidos, ele reconheceu uma falha na qualidade dos sapatos ali produzidos e aproveitou para explorar essa oportunidade.


 
Ao se mudar para Santa Bárbara, na Califórnia, Ferragamo acabou inserido justamente no principal núcleo cinematográfico do país. E foi depois de abrir uma loja para a confecção e reparo de calçados que ele passou a receber encomendas de grandes atrizes como Marilyn Monroe, Sophia Loren e Greta Garbo.


 
Esse flerte com as starlets da época motivou uma nova mudança, dessa vez para Hollywood, onde o designer abriu sua Hollywood Boot Shop em 1923 e entrou de vez para o universo das grandes produções da telona. Ele se destacou no mundo das marcas pelo seu trabalho no filme Os Dez Mandamentos e, décadas depois, por ter assinado todos os sapatos usados por Madonna no filme Evita.


 
Não é à toa que Ferragamo passou a ser conhecido como o “sapateiro das estrelas” e o “sapateiro dos sonhos” – além da beleza, seus sapatos italianos se destacavam pelo conforto e pela criatividade no uso de materiais.

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Criações alquímicas


 
O grande diferencial de Salvatore Ferragamo entre os estilistas italianos era justamente sua maestria em trabalhar com diferentes matérias-primas, desde as mais luxuosas, como peles exóticas, até as mais baratas, como cortiça, lã e até papel celofane.


 
A  história por trás do celofane é bem curiosa. Ferragamo precisava de um substituto para pele de cabra durante a escassez do período pós-guerra e, depois de experimentar vários materiais, reparou no papel celofane da caixa de bombons  que sua mãe comia em um domingo de manhã. "Ao desembrulhar o chocolate, fiquei encantado com o papel transparente e pensei: aqui pode estar o substituto que eu tanto procurava".


 
Dentre os materiais mais extraordinários usados por ele estão ainda as escamas de peixe que o designer explorou na década de 20, mesmo momento em que introduziu peles de cobra, crocodilo e lagarto. Já girafa, jaguatirica e zebra seriam o destaque da década de 50 nos modelos femininos e também nos sapatos masculinos Salvatore Ferragamo.

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Legado


 
Ao retornar para a Itália em 1927, Ferragamo se inseriu novamente em um dos principais polos de artesãos especializados em couro. Como produzia seus calçados manualmente e era rigoroso no controle de qualidade, ele não aceitava menos do que perfeição antes de exportar para os Estados Unidos.


 
Porém, com a quebra da bolsa em 1929, Ferragamo foi obrigado a declarar falência. Mas isso não deteve o designer, que reconstruiu seu império e nunca parou de se superar, chegando a ganhar o prêmio Neiman Marcus, em 1947, pela criação das “sandálias invisíveis”, feitas de fios de nylon.


 
Esse mesmo prêmio também foi recebido, 20 anos depois, por sua filha Fiamma. Primeiramente considerada "a adolescente da moda", ela assumiu a responsabilidade de continuar o legado do pai assinando sapatos, malas, acessórios e bolsas Salvatore Ferragamo.


 
Entre as principais criações de Fiamma estão o sapato Vara, com seu icônico laço, e a bolsa W, criada para sua mãe Wanda. Tão visionária quanto o pai, foi dela a ideia de abrir um museu para a grife em Florença, no palácio Spini Feroni.


 
Um dos prédios mais antigos de Florença, o palácio já foi inclusive estampa de uma série especial do clássico cachecol Salvatore Ferragamo, exposta no museu que também conta com uma flagship.

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Presente e futuro

 

Atualmente, a marca está sob o comando de Guillaume Meilland no universo Salvatore Ferragamo masculino e de Paul Andrew na linha feminina. Tanto Rigoni quanto Meilland são estreantes na grife e assinam coleções modernas, mas que seguem a identidade que garantiu o lugar da Salvatore Ferragamo na história da moda: um estilo respeitoso, mas que não presta reverência.

 

Para o inverno feminino, tons de rosa, roxo e laranja coloriram uma coleção mais séria, com saias de couro em cintura alta, vestidos de comprimento mídi, casacos e blazers.


 
No campo masculino, Meilland trouxe sua experiência da Saint Laurent e a adaptou à assinatura de Ferragamo, de quem é fã confesso: "Ele foi capaz de explorar e experimentar, encontrando novas maneiras de inserir seu senso de luxo italiano com uma abordagem internacional".

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