Já faz algumas temporadas que o beachwear não é mais sinônimo de apenas férias de Verão. A Moda Praia saiu da areia para também ganhar o asfalto e a Haight é uma das responsáveis por este movimento. Expandindo o ambiente de suas criações para além do litoral, Marcella Franklin, fundadora e diretora criativa da marca, sentiu uma lacuna no mercado brasileiro para criar a própria grife que, em apenas 6 anos, mudou o rumo do beachwear com suas cores sóbrias, modelagens minimalistas, tecidos diferenciados e estética atemporal. “Sofisticação através da simplicidade”, define Marcella. Descubra mais sobre a Haight a seguir.
Por Carolina Belleze
/ O início de tudo
“As primeiras peças desenhadas para a Haight, antes mesmo de se tornar uma marca, foram feitas pensando em um tipo de produto que eu gostaria de ter, mas não encontrava no mercado nacional. Cores sóbrias e atemporais, modelagens minimalistas, tecidos diferenciados e peças do universo praia que pudessem ser facilmente usadas em outras ocasiões, além do mar”.
/ Moda Praia além do litoral
“Sempre pensei que seria superinteressante oferecer uma peça que pudesse te acompanhar em todas as situações. Em uma cidade como o Rio de Janeiro, há um comportamento cultural que aproxima a praia da cidade e torna esse trânsito comum e natural. Como criadora, uma das coisas mais interessantes do processo de concepção de um produto é a possibilidade de testar matérias-primas diferentes ou improváveis para um segmento de roupas específico. Parte dos meus objetivos principais era cobrir essa lacuna do mercado com peças que fossem confortáveis e valorizassem cada detalhe”.
/ Processo criativo
“Eu não tenho um processo de criação específico, mas posso dizer que muitas coisas me inspiram. Desde as viagens que para outras cidades do Brasil, até exposições, livros, conversas com pessoas que admiro. Mas, sem dúvidas, a natureza e o contato com ela é o que mais me inspira. Parece clichê, mas sair desse ritmo e do piloto automático de trabalho no qual vivemos é fundamental para os momentos de criação. Pausa necessária e valiosa.
Todas as nossas campanhas são fotografadas no Brasil e em cada uma delas tentamos visitar uma paisagem incrível, imponente. Já saímos das fotos com novas ideias para a próxima coleção”.
/ Os opostos se atraem
“Também gosto muito de história da arte e história da moda, então nossas coleções normalmente tem um pezinho no vintage. Gosto de propor uma ideia de shape de décadas anteriores, sob um olhar contemporâneo e com uma nova sugestão de matéria-prima. Essa mistura de opostos me atrai bastante. Costumo buscar inspirações conceituais em idas à Bahia ou imersões na natureza. Antes de olhar para fora, olho para dentro, com interesse genuíno pela nossa cultura e os costumes locais, além de heranças históricas em livros, revistas antigas e peças vintage”.
/ O diferencial
“Nós usamos materiais que seriam inicialmente considerados sofisticados demais para roupas de praia, ou, pelo menos, improváveis, incluindo tricô e malha crepe. O nossos
cortes assimétricos, cores mais sóbrias (escolhidas para enriquecer tons de pele naturais)
e os melhores acabamentos possíveis. É frequentemente nos detalhes que conseguimos imprimir a autenticidade e identidade da marca, pensando em pequenos volumes, proporções, efeitos, nervuras, entre outros recursos”.
/ Próximos passos
“Desde o ano passado estamos planejando uma transição delicada da praia para a cidade e muitas colaborações com mentes criativas por todo o globo. Neste momento pelo qual o mundo inteiro está passando, nós estamos analisando e aprendendo novas formas de se comunicar de forma genuína e respeitosa através das nossas plataformas digitais”.
/ Haight x Farfetch
“Estou animada! Confiante de que vai ser uma delícia! Já fomos parceiros uma vez, lá no início da marca e foi super importante para nós. Uma plataforma como a Farfetch, que além de selo de confiança e qualidade, atinge um público tão amplo dentro e fora do Brasil”.