Por Gabrielle Carreira
Se existe uma palavra que define Versace ela é “icônico”. As estampas barrocas, os acessórios exagerados e claro, os vestidos construíram a história da marca criada por Gianni Versace e que hoje é comandada por sua irmã, Donatella Versace.
Jungle Print Dress
Talvez o mais icônico dos vestidos seja o usado por J.Lo no Grammy de 2000: a estampa de folhagens e, principalmente, o decote profundo marcaram a história da marca e da cantora. O fator icônico foi duplicado quando, na última Semana de Moda de Milão, a própria J.Lo fechou o desfile da Versace, que foi criado em homenagem à estampa, usando uma releitura para lá de sensual do vestido que deu início ao Google Images. Além disso, outras peças ganharam a estampa, tornando-a um marco na história da marca.
Mas não foi a primeira vez que o modelo do vestido apareceu em destaque, fechando o desfile de Pre-Fall em Nova York, Amber Valetta desfilou com o decote profunda em uma estampa de corações multicoloridos. Detalhe especial: foi Amber Valleta quem desfilou o Jungle Print Dress original na primavera de 2000 para a primeira coleção de Donatella a frente da Versace.
S&M
O desfile MISS S&M, de 1992, foi um dos mais polêmicos da era de Gianni Versace: modelos inspirados no bondage assustaram o público, mas aos poucos conquistaram o seu espaço.
Mais tarde a própria Donatella faria uma aparição bombástica com o vestido bondage, provando que o look era perfeito para os tapetes vermelhos. Anos depois, Kim Kardashian usou um vestido bondage retirado dos arquivos da grife.
Em 1994, foi a vez de Elizabeth Hurley apostar no estilo durante a estreia do filme Quatro Casamentos e um Funeral. O vestido, nada básico, apostava em aberturas laterais e uma grande fenda. O vestido se tornou tão icônico que, inclusive, ganhou uma página no wikipédia.
Lady Di
Lady Di foi uma grande fã do estilo Versace, alguns de seus looks mais memoráveis foram assinados pela marca, tal como o vestido de seda azul e com cortes assimétricos que ela usou durante um baile beneficente em Sidney no ano de 1996.
Gianni sempre motivou Diana a vestir-se com uma ousadia que não era comum a realeza, como quando ela usou o clássico mini vestido preto, que ficou conhecido como “revenge dress”, já que o mundo havia acabado de descobrir a traição do príncipe Charles.
Tecido Oroton
O emblemático e memorável vestido dourado metálico foi realmente criado em 1982. Seu tecido metálico que lembra uma rede muito fina ganhou o nome de tecido “Oroton” e foi criado para que as peças tivessem uma ilusão de que a pessoa estivesse coberta por metais líquidos preciosos.
Foi em 2017, durante a Semana de Moda de Milão e o 20º aniversário da morte de Gianni Versace, que Donatella reuniu algumas das supermodelos dos anos 90 com quem ele trabalhava enquanto estava vivo e vestiu todos elas em variações do vestido dourado. Esse momento por si só, já foi icônico.
Celebrar a forma feminina
O que todos esses vestidos têm em comum? O desejo de Gianni de sempre celebrar a forma feminina. Não existia o “sexy demais”, “exagerado demais” e sim apenas aquilo que tornaria a mulher muito mais bonita e valorizando suas curvas naturais.