Você já ouviu falar do movimento power dressing? O movimento dos anos 80 ganhou novo destaque já que toda a época oitentista está em alta. A principal reivindicação desse estilo? O poder feminino no ambiente profissional.
A volta dos anos 80
Os anos 80 é uma das décadas mais polêmicas da moda: com as leggings neons, ombreiras exageradas e muito brilho, essa foi a época do exagero. Mas a aparição desse estilo nos dias atuais vem carregada de contemporaneidade, com reinterpretações mais contidas.
Cheia de elementos marcantes, a década de 80 também trouxe o power dressing, termo que faz referência a uma maneira de se vestir no ambiente profissional. A volta desse estilo começou nas passarelas do verão 2016/2017, com silhuetas mais retangulares, com forte influência da alfaiataria masculina.
Estamos vivendo uma época em que as ideias feministas estão em efervescência, dando uma nova importância para o power dressing, já que nos anos 80, ele se relaciona não só ao campo profissional, mas a emancipação da mulher em meio ao mercado de trabalho, que usava peças do guarda roupa masculino para trabalhar, foi aí que surgiram os terninhos, os blazers, ombros marcados e blusas de gola alta.
Esse costume surgiu quando o americano John T. Molloy lançou dois manuais de estilo que estabelecia um código para as mulheres que entravam no mercado como elas deveriam se vestir, para garantir o sucesso delas em ambientes, até então, masculinos. Esse “uniforme”, segundo Molloy, seria o segredo para o sucesso das mulheres no mercado de trabalho.
Ícones do Power Dressing
Há quem diz que a origem do Power Dressing pode ser dedicado ao terninho da Chanel, de 1920, criado por Coco Chanel, que era composto por uma saia mas apertada de lã, casaco com botões sem colarinho, geralmente com acabamento de trança, botões metálicos e mangas ajustadas.
Esse conjunto representou um ponto de virada na forma como as mulheres se vestiam na época, foi a primeira roupa mais formal, ou profissional, pensada apenas para a mulher, permitindo um visual feminino, mas ainda assim, moderno e confortável.
Incluindo elementos tradicionais da moda masculina, deu à mulher uma aparência mais autoritária e poderosa, algo que ajudava a se posicionar num mercado cheio de homens.
O mais importante da inovação criada por Chanel, é que o terninho se adaptou a mudança na vida das mulheres após a Primeira Guerra Mundial, pois aos poucos foram incluídas em ambientes em que apenas homens frequentavam até então.
Além de Coco Chanel, outros símbolos femininos podem ser reconhecidas no universo Power Dressing, tais como Margaret Thatcher, Princesa Diana, Hillary Clinton, Michelle Obama, entre outras.
Acima de todas, talvez Margaret Thatcher seja a maior representante do Power Dressing, afinal, sua posição como Primeira Ministra pedia uma aparência poderosa em meio aos homens do governo britânico.
O novo Power Dressing
Prova de que o Power Dressing mudou o estilo das mulheres é que ele se mantém até hoje. Agora, as novas interpretações buscam peças com blazers que enfatizam a cintura e que marcam menos os ombros. Já as saias longas são incorporadas em looks mais casuais, combinadas com tênis.
A calça jeans, peça comum no closet feminino, faz a dupla perfeita com um blazer oversized, que cobre a cintura, mantendo a seriedade do look, mas trazendo um frescor necessário para a peça.
O Power Dressing só prova como a roupa certa é capaz de transformar a forma como as mulheres são vistas pelo mundo. Qual o seu look poderoso favorito?