Do icônico vestido Mondrian, criado em 1965 por Yves Saint Laurent, até os dias de hoje, o color block continua vivo nas passarelas, especialmente em temporadas de primavera e verão.
As cores primárias aparecem na moda em contraste com preto e branco, candy colors surgem em blocos bem definidos em um mesmo look e tons vibrantes se espalham por acessórios e peças inteiras para um visual impactante. Basta adaptar o conceito ao seu estilo.
Paleta variada
Nos anos 80, por exemplo, com a alta dos tons fluo, o objetivo era se destacar na multidão, enquanto na década de 90, a inspiração quase rebelde ganhou o gosto dos rappers americanos com destaque para azul, vermelho e amarelo. Agora, a tendência retornou no último verão nas coleções de grifes como Akris e Balenciaga.
Outras marcas, como a Missoni, têm nas cores fortes sua assinatura. Neste caso, elas costumam surgir acompanhadas de formas geométricas. Já a designer grega Mary Katrantzou aproveita a moda color block para criar sua arte em estamparia, que beira o psicodélico, mas traz também um perfume futurista, emprestado do universo digital.
O block pode ser discreto – ou não
Não quer chamar a atenção de longe? Invista em um vestido color block da Proenza Schouler. Foi com uma combinação mais sóbria que a grife aderiu à tendência, trabalhando especialmente tons mais fechados e terrosos.
Para entender melhor como aparecem as cores na moda das próximas estações, vale observar o olhar neutro e minimalista da Emilio Pucci, que sugeriu vestidos em tons pastel para a primavera 2017.
Em contraponto veio a Versace que, para a mesma estação, propôs diferentes modelos de blusa color block. O truque nostálgico de Donatella foi trazer de volta a lembrança cromática dos moletons esportivos dos anos 80 e 90, adaptando tons de violeta e verde-água. Seus macacões justos e jaquetas de tactel seguiram a mesma proposta, com uma modelagem sofisticada.
Pantone como inspiração
Se fosse possível definir a maior tendência em termos de color block, essa seria a das candy colors, que em 2016 foram a grande aposta da Pantone. Como consequência, o rosa e o azul dominaram a imaginação dos designers no ano passado.
Para aderir à tendência, por sinal, vale sempre ficar de olho no que a Pantone apresenta – e investir em peças e acessórios naquelas cores. O verde Greenery, uma das cores Pantone de 2017, apareceu nas passarelas de Michael Kors e Lacoste, por exemplo. Tonalidades que complementam este verde são roxo, azul intenso (o Klein Blue) e vermelho-púrpura. Ideais para uma dose extra de vitalidade.
Já o Rose Quartz, cor de 2016, continuou presente nas coleções de Christopher Kane, Chanel e Blumarine. Seguindo a mesma paleta para criar contrastes interessantes, azuis, cinzas e o bom e velho preto e branco são companhias perfeitas para um color block aqui.
Outras alternativas recentes são o pink visto nos vestidos longos e volumosos de Céline, Balenciaga e Valentino, e o vermelho-fogo dos vestidos de Christian Siriano. Sem medo de ousar, roxo, azul e até amarelo são interessantes para compor o visual. Para “baixar” a energia do pink e do vermelho, aposte no cinza, camelo e preto.
Variações do mesmo tom
Não é apenas em peças distintas de um look que o color block aparece: ele pode estar presente em estampas – especialmente geométricas –, na clássica dupla preto e branco ou até em variações do mesmo tom.
É essa a escolha de designers minimalistas, como Victoria Beckham, que propôs produções com diferentes tons de pink para o outono, ao lado de estampas geométricas em tons terrosos para vestidos pretos.
E a matéria-prima também pode ser uma valiosa companhia para as cores: a Balmain trouxe em suas coleções resort e primavera 2017 vestidos com texturas de fibras naturais, provando que a tendência ainda pode agradar aos fãs de um estilo mais folk.
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